por Laíse Gobira
Já parou para pensar como seria ter uma casa que entende suas necessidades antes mesmo de você dizer alguma coisa? As casas inteligentes são exatamente isso: residências que parecem quase adivinhar o que você precisa, oferecendo uma experiência personalizada e inteiramente conectada.
Por outro lado, a receptividade das casas inteligentes é uma interseção complexa entre tecnologia e o consumidor. É neste contexto que convidamos a engenheira Débora Rosa Nascimento, para compartilhar sua expertise sobre a aceitação das casas inteligentes.
A ideia de casas inteligentes pode soar futurista, mas, na verdade, já estamos rodeados por tecnologias em nossas residências.
No entanto, o conceito vai muito além de simples dispositivos. Produtos inteligentes, nesse caso as casas, tem o objetivo de promover melhorias nos âmbitos de: Saúde, através de monitoramento de idosos, por exemplo; Ambiental, por meio do consumo inteligente de água e energia; Financeiro, o usuário pode acompanhar a conta em tempo real; Psicológica, que é o efeito bem-estar, com configuração de iluminação, eletrodomésticos, segurança entre outros.
Imagine chegar em casa após um longo dia de trabalho e antes mesmo de abrir a porta, a temperatura ambiente já está perfeita, a iluminação ajustada, banheira pronta e sua playlist favorita começando a tocar suavemente. Isso não é ficção científica, é o potencial das casas inteligentes tornando a vida cotidiana mais conveniente.
Não se trata apenas de comandos de voz para ligar os dispositivos. Diferentemente de uma casa conectada, onde a intervenção do usuário é necessária para realizar ações, as casas inteligentes possuem a capacidade de executar tarefas sem a necessidade de comandos diretos.
Esse comportamento é possível devido à pré-configuração dos sistemas, ajustados de acordo com a rotina e necessidades do morador. Quer mais? As casas inteligentes podem aprender sua rotina para se adaptar e promover mais conforto, como acionar o café quando você acordar ou ajustar a temperatura para o horário do jantar.
Casas inteligentes representam a próxima fronteira na evolução das residências.
É a integração de dispositivos e sensores em um sistema abrangente, oferecendo benefícios econômicos, sociais, relacionados à saúde, emocionais, de sustentabilidade e de segurança.
Débora Nascimento, professora do Instituto Federal de Minas Gerais, é engenheira de produção, mestre pela Universidade Federal de Ouro Preto e doutorapela Universidade Federal de Santa Catarina. Debora dedicou sua pesquisa a entender os fatores que influenciam a aceitação das Casas Inteligentes.
Em sua tese, ela examinou benefícios e barreiras, além de estabelecer relações entre fatores como expectativa de esforço financeiro, expectativa de performance e intenção de uso.
Em seu estudo, relacionou as seguintes funcionalidades inteligentes: Eletrodomésticos, Iluminação, Ar Condicionado, Segurança, Medidores de consumo de água e energia, TV e Som e Janelas e Cortinas e sobre quais possuem utilidade significativa pela percepção do usuário.
De acordo com as descobertas da Debora, mesmo diante das amplas opções de integração de tecnologia nas residências, a maioria dos usuários demonstrou uma predisposição significativa a investir financeiramente em elementos funcionais voltados para a segurança.
Segundo ela, “A questão da segurança é relevante, pois as pessoas se sentem protegidas dentro de uma casa inteligente, mas ao mesmo tempo, trazem algumas barreiras em relação a tecnologia, como a questão de privacidade de dados e por imaginarem que alguém pode hackear a casa e ter acesso as câmeras e portas.”
No estudo também se observoumenor disposição e investimento em tecnologias de janelas e cortinas, por um lado é uma tecnologia simples, porém em uma casa com moradores PcD essa tecnologia pode ser mais relevante por questões de saúde e bem-estar.
Para alguns, a curva de aprendizado associada à tecnologia pode ser um obstáculo, gerando resistência à adoção. Outro fator também mencionado foram os custos de implementação da infraestrutura inteligente, que resultam em despesas, limitando o acesso a determinados estratos sociais.
Na oportunidade, destaco um aspecto crucial nesse debate. No cenário brasileiro, apesar da disponibilidade de diversas tecnologias construtivas, a construção ainda se mantém, em grande parte, um processo artesanal.
Essa abordagem manual muitas vezes se torna um obstáculo para a integração eficiente de tecnologias nas residências, seja devido à resistência por parte dos construtores ou dos profissionais operacionais envolvidos.
Daí a importância de selecionar construtoras alinhadas com a visão de uma casa inteligente, garantindo assim uma implementação mais eficaz dessas inovações no ambiente residencial. Como a engenheira Debora destaca em sua tese, compreender essa dinâmica é crucial para impulsionar a adoção dessas tecnologias inovadoras.
A tecnologia por trás das casas inteligentes é como uma orquestra invisível, coordenando e sincronizando diferentes dispositivos para criar uma experiência harmoniosa. Sensores, dispositivos domésticos, eletrodomésticos - tudo se conecta para oferecer serviços que transformam sua casa em um espaço que entende e responde às suas necessidades.
Então, da próxima vez que ouvir falar em casas inteligentes, lembre-se de que estamos falando de lares que se adaptam a você, proporcionando um estilo de vida moderno e personalizado. É hora de dar as boas-vindas a um futuro onde sua casa é mais do que um lugar para morar, é um companheiro inteligente, sempre pronto para tornar sua vida mais fácil e agradável.
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