O Centro de Referência de Educação Inclusiva Ativa (CREIA) de Timóteo enviou alunos para disputar a Etapa Regional Sudeste 1 do Campeonato de Goalball que acontece no período de 29/04 a 04/05, na cidade do Rio de Janeiro.
De acordo com Elioenai do Carmo Souza, maestro e professor de musicalidade, “o time de Goalball da Adevita está de parabéns.
É um esporte difícil. Parabenizo a nossa técnica espetacular, Lucinete, que não mediu esforços para tornar o esporte um caminho de desenvolvimento e superação para nossos alunos”, afirmou Elioenai.
Para quem não conhece, o Goalball é um esporte paralímpico que foi desenvolvido para pessoas com deficiência visual. A quadra tem as mesmas dimensões da quadra de vôlei (9m de largura por 18m de comprimento).
As partidas são realizadas em dois tempos de 12 minutos, com três minutos de intervalo. Cada equipe conta com três jogadores titulares e três reservas.
De cada lado da quadra, há um gol com 9m de largura e 1,30m de altura. Os atletas são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores.
O arremesso deve ser rasteiro ou tocar pelo menos uma vez nas áreas obrigatórias. O objetivo é balançar a rede adversária. A bola tem um guizo em seu interior para que os jogadores saibam sua direção.
O Goalball é um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso, não pode haver barulho no ginásio durante a partida, exceto no momento entre o gol e o reinício do jogo e nas paradas oficiais.
Antes de irem para a disputa, os alunos do CREIA fizeram um treino, onde três professores formaram um time para colocar pressão nos atletas. Os professores, que usaram vendas relataram a experiência de forma espontânea e emocionante.
“Gostei da oportunidade porque me colocou no lugar de nossos alunos, no lugar de quem não tem visão e precisa de apoio tanto moral, quanto pedagógico.
Situações assim nos permitem perceber sob outra perspectiva como os nossos alunos vivem e como tiveram que se readaptar. Nenhum de nós consegue se imaginar confortável estando no lugar de uma pessoa cega”, contou o professor de atividade física Washington Goes.
“O fato de termos jogado com nossos alunos nos aproxima ainda mais, nos permite ter um grau muito maior de empatia e compreensão pelo próximo. Quantas vezes vemos nossos alunos brincando e até mesmo fazendo piada com a sua deficiência?
Situações assim me fazem refletir o quão fortes são nossos alunos e o quanto são habilidosos”, disse Thomás Benevenuto, instrutor de música.
O resultado dos jogos e a experiência vivida pelos atletas cegos no Rio de Janeiro ainda será divulgado.
por Prefeitura Municipal de Timóteo