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Presidente, pare...

Leia a coluna desta semana de José Altino Machado
Faixa presidencial. Foto: Reprodução da Internet
domingo, 6 julho, 2025

por José Altino Machado

Realmente este não é o presidente que conhecemos no passado, portanto Presidente, pare não destrua.

Um primeiro mandato, se não espetacular pelo que herdava, bastante primoroso em realizações. Alguns podem até discordar, mas jamais digo ou escrevo o que não sei, o que não assisti e não vivi.

E sei que a Gazeta de Macapá e Diário de Minas mantém em aberto, democraticamente, espaços destinados a opiniões contrárias. Assim...

No Brasil, dois nordestes, um antes e outro depois dele. Devo reconhecer, como também o fazem nordestinos, por haver morado lá alguns anos.

A ele, Lula deu chances e abriu oportunidades a muitos excelentes empreendedores, abafados que eram pelo domínio da alta fidalguia paulista, na economia de então. Uma explosão de novos ricos e seguros empregadores. Só mesmo uma extrema maldade política para não ver isso.

Logo em sua primeira viagem ao exterior, desacompanhado da mediocridade política, mas com empresários de visão, antes escanteados pelo corruptor governo anterior, já voltou da Arabia com grandes parcerias fechadas e para dizer a verdade, voando pena para tudo que é lado.

Com ele, o Brasil, em sua primeira arrancada, arrombava as portas do comércio internacional de alimentos para o mundo, numa boa imitação da pernambucana rádio Jornal do Comercio, que dizia falar para o “Brasil e para o Mundo”. Mas, foi e era verdade...

Dominamos, dos ovos aos frangos, dos leitões a porcadas (russos que o digam) e logo a seguir o massacre mundial imposto pelo agronegócio.

Já sei que alguém irá tentar se impor quanto a este último dizendo não ter sido bem assim. Mas, também sei que o berçário não foi de Lula, mas sim Geisel e o falecido muito injustiçado Alyson Paulinelli.

Mas, a garantia de mercado que trouxe a segurança, foi dessa hoje ignorada figura por falta de prendas, o Lula. Tendo sido mesmo o primeiro a reconhecer os formidáveis concorrentes, espantalhos daqueles que internacionalmente nos barravam comercialmente no setor de produções primárias do campo.

Sabidamente o forte lobby protecionista norte americano e os nem tão sérios descendentes franco-eurasianos, os canadenses. Memória de brasileiros em se tratando de políticas é interesseira, distorce verdades, e é fraquinha, então... rebobinemos os neurônios.

Nem bem tínhamos acabado de botar os chifres de nossos rebanhos no mercado, estadunidenses e seus vizinhos do norte já informavam ao mundo que éramos hospedeiros de uma tal vaca louca inglesa.

Logo a seguir, ao passarem os quartos dianteiros, já veio do Canada, sempre ele, a denúncia que nosso gado teria apresentado a contaminação da febre aftosa em rebanhos do Mato grosso do Sul. Noticiário mais alarmista que verdadeiro, mas que deu enorme prejuízo. Durou até que, muito envergonhado, o primeiro-ministro deles pediu desculpas públicas, pelos falsos comportamentos anticomerciais de seus “empresários” e que muito nos prejudicavam.

Já os United States, hoje em mãos do Loirão autoritário, em primeira campanha ouviam sua mais direta concorrente dizer que se eleita iria apurar a invasão latina brasileira no mercado de bois e carnes. Coisa mais grave a eles que a estourada de gente na migração.

Porém, nossas boiadas já passavam adoidado e de forma irreversível.

E o que proporcionou isto foi o reconhecimento experto do governo Lula, da China como mercado internacional aberto. Coisa que os outros não aceitavam. Mas, ele ainda fez mais, neste teretetê, a Rússia já comia toda nossa porcada, que muitos nacionais, nem sabiam que existia, alternando com a frangaiada e muita carne para churrasco.

Entretanto, nem mais precisamos matar tantos bois, estando eles próprios, vivos, levando as carnes. E

como lá, oriente médio asiático, eles não têm vaqueiros que nem nós, a chegada deles em desembarque, proporciona verdadeiro rodeio circense; ainda o constrangimento de passar as mãos nas barrigas dos animais para verem se é macho ou fêmea.

Com governo rompendo portas, e garantida a estabilidade de entrega, nossos produtores falaram e falam bem alto, ainda agora numa postura até ingrata ao passado.

Restaram apenas a fofoqueira da França e alguns aficionados europeus, de mercado fechado, que governantes não ousam enfrentar por razões políticas internas, tendo um campo produtor de caríssima operação, bastante sujeito a climas, mas que põe e tira governos. Paradoxalmente, metem medo em gente enamorada a eles, do Itamaraty nacional.

Bastante dizer que o chanceler aleatório Celso Amorim, tem impedido maiores contados técnicos e comercias com a Venezuela para não desagradar o moçoilo Macron.

Com isso liberamos nossos interesses não só dos maiores jazimentos petrolíferos do mundo de volta aos americanos “first”, não chegamos ao comércio do Caribe e sepultamos o sonho do oleoduto Venezuela-Brasil, para melhor equilíbrio de nosso mercado de combustíveis. Pondo fim a sustos e emoções, altas inesperadas, e ganhando mais hegemonia e firme liderança brasileira na “never the last,” América Latina

Pois é, todo o alicerce deste imenso Brasil, projetado agora em escala planetária o foi pela equipe executiva de então, estabelecida por este “véio” que agora se nos apresenta combalido, e mais perdido que cego em tiroteio.

Com imensa trupe palaciana, de velhos fantasmas da política eleitoral, formando executiva ineficiente de propósitos, em ministérios e secretarias, sem nenhum conhecimento prático do que seja, agora nem antes o que é e foi Brasil, lá vão destruindo todo um passado de enorme avanço e conquistas.

Essa thurma não é nem nunca foi a interesse da Nação, estão aí a cargo, ganhos e poderes, quando e como Lula quer e tem permitido. Embora se inculpe, penso injustamente, que sejam coisas de sua esposa Janja, o que não muito acredito. Não seria inteligente...

Enquanto destruíam na Amazonia, vidas e conquistas inteiras quase centenárias, estabelecidas até por governos, ao sul, a brasileirada que se sentia dona da cocada preta gostava e ria a bandeiras despregadas. Mas, a merda começa a ficar grande demais, quase chegando aos beiços e todos já gritam por socorro, estabelecendo nacionalmente um diálogo de surdos.

Lula, mais que velho está surdão. Nem posso falar muito que esta disgrama já me alcançou também, embora prejudicando só minha audição, sem danos à inteligência.

Na Amazonia perdemos para caçadores de talentos dos países vizinhos a maior força de trabalhadores autônomos da Nação. Milhões que trazem esforços ao trabalho o que pouquíssimos fazem.

Milhares que de suas colônias e pequenas roças, ali se acantonaram a cuida de futuros melhores a seus filhotes sucessores. Todos os construindo com dotes e culturas, que o destino e as más gerencias administrativas do país os permitiram ter, lhes negando outras oportunidades.

Mas, nada disso tem importado a este hoje considerado longevo, presidente da República. Como ele só quer andar de avião, não importa que a mula manque.

Uma Cop 30, para alegrar família de seu apoio político, com ambições de no mínimo uma próxima vice, a ser instalada numa décima, ou bem para lá disso, capital do país, mas segunda em moradores de rua; mesmo sabendo que a representante legitima, histórica e verdadeira da Amazonia no mundo, seja Manaus-AM.

E para isto, a agrado de invejosos flibusteiros, da maior riqueza do planeta, buscam desocupá-la, a deixando como terra de ninguém, turbando os naturalmente indeléveis direitos consagrados e conferidos pela nacionalidade.

Ainda assim, corte luliana, que sem limites as vaidades, fazem com que inocentes paguem por esta alta conta.

Demonstrando ignorar a tudo, Lula não se recorda do jovem lutador sindicalista que chegou a presidente por predicados próprios, apoiado por luminares estadistas e dorme ao volante. A trombada será feia, mas ele saiu da dolorosa prisão com tanto sangue nos olhos que só vê a seu antecessor imediato, que sequer merece tal distinção.

A Nação Brasileira é infinitamente maior que os dois ou qualquer outro que politicamente a tenha guiado. Acima dos homens, todos, estão e deverão estar seus interesses.

Querem saber, sem nenhum receio em comprometer a publicação, mas a níveis de entendimentos deste governo. Lula ao assumir disse que “queria fuder o Moro”, mas acho que errando rabos, esta é em “ni nóis”... assim tenho pts-mente entendido.

Aproveite bem então, sr. presidente, mas sem nos destruir...

Belo Horizonte/Macapá- 06/07/2025

José Altino Machado

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