por Marcius Túlio
São estarrecedoras as revelações que nos chegam, antes em conta gotas agora em forma de avalanche, em torno dos fatos pretéritos e presentes da geopolítica internacional, especialmente na América Latina.
Semelhante àquela sujeira arrastada para debaixo do tapete ou aos atos por detrás da cortina, as recentes revelações são verdadeiras elucubrações tenebrosas em nome da manutenção no poder, que passam por atividades escravocratas, controle fraudulento da economia e das mídias tradicionais até a indução quase que coercitiva da opinião pública.
As verdades que afloram aqui e ali, atingem o Brasil como uma tsunami, contrariando as narrativas ensaiadas pelas mídias convencionais, elaboradas pelo establishment, vem causando extrema angústia na população, extremada na ignorância induzida e na ilusão.
O “jeitinho brasileiro”, que sempre norteou a diplomacia brasileira está em via de extinção, o mundo civilizado, que por anos fez vistas grossas aos arranjos imorais das nossas relações exteriores já não suporta mais a irresponsabilidade com que governos tupiniquins a conduzem.
O samba e o futebol já não mascaram mais a irreverência nacional simbolizada pela indiferença e a omissão quanto aos problemas globais.
O mundo já não tolera mais a posição “murista” da decadente república brasileira e exige tacitamente uma posição para enfrentar os desafios que a geopolítica nossa entrega..
A sujeira escancarada ou o descerramento da cortina, com o advento das redes sociais independentes hão de guiar a tendência do povo brasileiro, lembrando sempre que nossa natural extroversão e expansividade não agradam a nenhum dos lados da contenda, restando apenas avaliar de que forma os lados lidam com essas características do nosso povo.
O uso da burka talvez não seja uma boa opção.
Por anos a fio, estivemos enganados, manipulados e entorpecidos pelo teatro das tesouras, vivenciando recessão e dificuldades previamente planejadas para a perpetuação no poder, com efeitos previsíveis a médio e longo prazos, agora, parece que a conta chegou e o preço é bem mais caro do que se imaginava.
A decadência moral do Brasil, como Estado, não como Nação está em evidência e nossas vísceras estão expostas a céu aberto e já exalando odor desagradável.
Os recorrentes e constantes escândalos financeiros, provenientes da corrupção desenfreada, com os quais já nos acostumamos e convivemos, ultrapassaram as nossas fronteiras para inquietar outros povos e parecem se tratar apenas da “ponta do iceberg.”
A mentira, incorporada para a manutenção do poder, estranhamente usada como “cortina de fumaça”, com tons de humor e sarcasmo e entusiasticamente cultuada, se tornou mito, passando a estabelecer regras e mesmo ditar costumes.
Perfeitamente assimiladas, as mentiras se tornaram estruturais e institucionais, utilizando o tapete ou a cortina para aniquilar opositores de forma “democrática”, estabelecendo o Brasil como laboratório pacífico e eficaz para germinar o modelo da chamada “Democracia Progressista”, uma espécie de democracia híbrida que mescla política com instabilidade jurídica e economia alternativa, que pretendem implantar no mundo convertido ao socialismo totalitário com roupagem Woke.
Onde liberdades são relativizadas e o poder centralizado em um núcleo plenipotenciário com costumes e ideologia próprios em defesa de uma soberania fragilizada pelo isolamento humanitário.
Ao descortinar a verdade ou retirar o tapete, os acontecimentos recentes, aclarados por elementos “fora da bolha”, estabeleceram, irreversivelmente, a velha/nova tendência humana ao livre arbítrio ou como preferirem, à liberdade.
Paz e luz.
Marcius Túlio é Coronel da Polícia Militar de Minas Gerais e analista político