Ano passado, somente no Brasil, 18 milhões de mulheres foram vítimas de violência doméstica. Para se ter uma ideia melhor desse número, seria possível encher o estádio do Mineirão em sua capacidade máxima durante 295 dias por ano.
Com objetivo de prevenir e combater a violência contra a mulher, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) realizou, na manhã de hoje (24), o Encontro da Não Violência Contra Mulher. O evento aconteceu na Praça de Esportes e contou com a participação de diversos parceiros.
Na ocasião, houve palestras, apresentações, sorteios e estandes de diversas instituições com orientações sobre como identificar os diversos tipos de violência, quais instituições procurar em caso de agressão e políticas públicas voltada para as mulheres. Também teve massagem, aferição de pressão e glicose, além de dinâmicas lúdicas que trabalharam a autoestima e o amor-próprio.
“Dia 25 de novembro é o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres e marca o início da campanha 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Mulheres. Nosso objetivo ao realizar este evento é levar informações para que as mulheres identifiquem qualquer tipo de violência contra elas, conheçam a porta de entrada da rede de acolhimento as vítimas de violência e sejam multiplicadores dessas informações para outras mulheres”, explicou a assistente social do CREAS e organizadora do evento, Shirley Fátima de Freitas Costa.
A delegada da Polícia Civil, Adelina Xavier, destacou a importância de os homens também participarem de eventos voltados para o combate à violência contra a mulher. “Eventos voltados para a violência doméstica têm que ser para homens também. Eles são os agressores. Só vamos vencer a violência contra as mulheres se conscientizarmos os homens”, enfatizou.
A secretária de Assistência Social, Adjani Santos Botelho Alvarenga, contou que o município ganhou mais um aliado no combate a violência contra a mulher. “Durante o ano todo a gente trabalha para conscientizar e reforçar os equipamentos públicos que fazem parte dessa rede de apoio à mulher, como CREAS, a Polícia, o Conselho da Mulher, a promotoria, o GAR. A notícia boa é que o prefeito André Merlo sancionou a lei 7.595, de autoria do vereador Jamir Calili, que cria o Protocolo Mulheres Seguras e traz um conjunto de ações que os espaços públicos e privados de lazer devem tomar ao detectar situações de violência contra a mulher em suas dependências”, informou.
A primeira-dama Andréa Merlo destacou a importância de, em caso de violência, buscar ajuda. “Vocês não estão sozinhas. Em caso de serem vítima de algum tipo de violência, procurem ajuda, denunciem. Como vocês podem ver aqui hoje, temos no município uma série de instituições que podem orientar e acolher vocês”, declarou.
Para a telefonista aposentada Maria Neide Rodrigues dos Santos, a ação é importantíssima. “Este tipo de evento é importantíssimo porque muitas vezes a pessoa está na situação e ainda não caiu a ficha de que precisa procurar ajuda”. Opinião compartilhada pelo mestre de obra aposentado José João Ferreira. “Esse evento é muito importante porque orienta a gente sobre os diversos tipos de violência contra a mulher. Muitas vezes pode estar acontecendo perto da gente e a gente não sabe. Com essas informações, ficamos mais esclarecidos sobre o assunto e podemos informar outras pessoas. ”
O evento teve a participação do Grupo de Apoio à Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica (GAR), Polícia Militar, Delegacia da Mulher, SENAC, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento (SEMA) e das instituições de ensino superior Unipac, UFJF/campus Governador Valadares e Univale, com orientações dos acadêmicos dos cursos de psicologia, fisioterapia, enfermagem e farmácia. Também estiveram presentes representantes de diversos órgãos da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS).
por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social
