Muitas histórias e um momento único de partilha e vivências para marcar o Natal de 22 crianças e adolescentes dos Serviços de Acolhimento da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS).
Assim foi o início da tarde de ontem (20) no Parque de Exposições, onde elas participaram de um almoço especial, brincaram e se divertiram com jogos, pintura facial e a presença do Papai Noel.
Gerente da Alta Complexidade da SMAS, Leonardo Magno Inácio Silva, disse que o objetivo maior é a socialização das crianças e adolescentes.
“Este é um momento que reunimos todos os serviços de acolhimento do município num único espaço para socializarmos, proporcionando lazer e partilha às crianças e adolescentes que vivem hoje um período da vida de vulnerabilidade e nosso trabalho é acolhermos e cuidarmos para que possam ser reinseridas novamente em seus lares ou em novos que surgirem”, explicou.
Um novo lar é o que a jovem Tânia Regina André da Silva está construindo agora. Aos 18 anos, ela inicia uma nova jornada rumo a um futuro que até então era apenas um sonho, mas que começa a se concretizar. Em razão das situações difíceis que viveu junto ao seu núcleo familiar, Tânia vive há um ano e seis meses na Casa Lar do município e, ao completar a maior idade, chegou a hora de deixar a Casa para dar início a novos projetos.
O apoio e amor de toda a equipe que encontrou na Casa Lar a ajudaram a reorganizar a vida, estabelecer uma rotina adequada dos estudos e a se motivar para recomeçar.
Como jovem aprendiz no setor administrativo da 43ª Subseção da OAB há mais de um ano, ela pretende iniciar sua faculdade de Direito em 2024 e estrear a quitinete já alugada e que será seu novo endereço. “A relação conosco sempre foi de amor, somos tratados como filhos na Casa Lar”, contou revelando o segredo para um futuro feliz.
Como ela, outras crianças como M.F., 13 anos, C. de 9 anos, e M. de 15, dia a dia aprendem a superar as adversidades que um dia causaram dor e medo, e vão abrindo espaço para sentimentos de alegria e conquistas diárias. M. F. viveu dificuldades com a mãe.
“Não nos entendíamos”, disse. E agora, na Casa Lar, descobre o prazer em interagir e conhecer pessoas novas, crianças e adolescentes como ela, que a ajudam a encontrar um novo sentido para tudo.
C. e M., irmãos, encontraram o lar que almejavam em uma Família Acolhedora. Dona Geralda Lúcia da Silva Custódio, de 54 anos, e o marido são os parceiros facilitadores para um projeto de vida feliz. Ela que já trabalhou na Obra Social Itaka Escolápios por mais de 12 anos como mãe social, revelou que sempre foi um sonho ser uma Família Acolhedora.
“Tudo o que eu queria era acolher, me satisfaz muito. E há 2 anos e 4 meses tenho filhos do coração, crianças muito abençoadas e que precisam ser amadas”, revelou, deixando uma lição importante que os irmãos têm aprendido diariamente.
As Casas de Acolhimento Institucional Masculina e Feminina, a Casa Lar e o Família Acolhedora, acolhem crianças e adolescentes em risco e vulnerabilidade social que, por decisão judicial, precisam ser afastadas do convívio familiar até que possam retornar, mediante o acompanhamento e a assistência que as famílias recebem afim de garantir um convívio e relações familiares saudáveis às crianças e adolescentes.
Família Acolhedora, faça parte!
Se você também cultiva, o desejo de acolher uma criança, informe-se e participe do processo para se tornar uma Família Acolhedora.
O Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora (SFA) organiza e acompanha o acolhimento temporário de crianças e adolescentes em residências de famílias acolhedoras, previamente selecionadas e preparadas pela equipe técnica.
Oferece proteção integral às crianças e aos adolescentes até que seja possível a reintegração familiar segura. Quando o retorno à família de origem não é possível, a criança ou adolescente pode permanecer na família acolhedora até seu encaminhamento para adoção.
Critérios para se tornar Família Acolhedora:
- Ter 21 anos ou mais;
- Residir no município de Governador Valadares há mais de um ano;
- Ter concordância de todos os membros da família;
- Oferecer espaço organizado e saudável para o acolhimento e possuir rede de apoio;
- Aptidão para o cuidado com crianças e adolescentes: dispondo de tempo para acompanhamento educacional , de saúde e práticas esportivas;
- Disponibilidade para acolhimento provisório, bem como para participar de capacitações mensais do Serviço Família Acolhedora.
Inscrições para a seleção de famílias na Secretaria Municipal de Assistência Social, à rua Pedro Lessa, 364, bairro de Lourdes, das 8h às 18h. Informações: servicofamiliaacolhedoragv@gmail.com.
por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social





