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Escarlatina: é preciso conhecer para saber como e quando agir

Fique atento, pois a doença costuma acometer crianças em idade escolar!
A orientação é atentar-se aos sintomas e, caso sejam identificados alguns deles, levar a criança/adolescente imediatamente à unidade de saúde de sua área de abrangência. Foto: Reprodução da Internet
quarta-feira, 22 novembro, 2023

Uma criança em idade escolar teve sintomas iniciais de dor de garganta, prostração e febre repentina, e após ser submetida a cuidados de saúde, suspeitou-se de escarlatina - uma doença infectocontagiosa aguda causada pelo estreptococo beta hemolítico do grupo A: Streptococcus pyogenes, a mesma que causa amidalite, artrite, pneumonia, endocardite, impetigo e erisipela. “Fiquei apavorada, porque primeiro apareceram umas manchas vermelhas bem ásperas no pescoço e no peito dele. E depois elas se espalharam pelo corpo todo; a língua dele deu uma película esbranquiçada, ficou bem vermelha e deu bolinhas; e ele se queixava de dores de cabeça, de garganta e musculares e também sentia muitos calafrios. Confesso que foi desesperador, achei que ia perder meu filho. Além do mais, eu nunca tinha ouvido falar dessa doença”, desabafou a mãe.

Mas, felizmente, o pequeno foi diagnosticado a tempo e o tratamento (que é feito através de antibióticos e dura 10 dias) evitou que a doença trouxesse outras complicações, como meningite, pneumonia, sinusite e otites.

E mais: seguindo as orientações médicas, ela foi afastada das atividades escolares, evitando, assim, a transmissão da doença – que se dá por meio de tosse, espirro ou contato com uma ferida, ou ainda, pelo contato com objetos contaminados - e permitindo o repouso da criança.

A escarlatina acomete, principalmente, crianças em idade escolar após um episódio de faringite ou amidalite estreptocócica. A maioria das pessoas que tem uma infecção de garganta por conta dessa bactéria não desenvolve escarlatina. No entanto, segundo o Ministério da Saúde (MS), cerca de 10% são sensíveis a toxinas liberadas pela bactéria e podem desenvolver a enfermidade.

A incubação pode variar de um a 10 dias e pessoas assintomáticas também podem transmitir a bactéria.

Ao contrário do que muita gente pensa, pegar a doença uma vez não garante imunidade a ela.

É válido ressaltar que não há vacinas para prevenção da doença e que a mesma não é de notificação compulsória.

Se não tratada adequadamente, a doença pode levar a condições com risco de vida, como fasceíte necrosante, síndrome do choque tóxico estreptocócico e outras infecções graves, bem como doenças pós-imunes, como febre reumática aguda, cardiopatia reumática e glomerulonefrite pós-estreptocócica.

A orientação é atentar-se aos sintomas e, caso sejam identificados alguns deles, levar a criança/adolescente imediatamente à unidade de saúde de sua área de abrangência!

  • Início súbito com calafrios e febre alta nos primeiros dias, que vai baixando aos poucos nos dias seguintes até desaparecer;
  • Dor de garganta intensa;
  • Erupção na pele (pequenas manchas vermelhas–escarlate de textura áspera na pele; aparecem inicialmente no tronco; depois tomam a face, o pescoço, membros, axilas e virilha; poupando as palmas das mãos, as plantas dos pés e ao redor da boca). Nos cotovelos, punhos, axilas e joelhos, as manchas podem ser mais escuras. Mediante a evolução do quadro, as erupções tendem a descamar;
  • Caroços avermelhados cobertos com uma película que se parece com um filme branco amarelado na língua. Posteriormente, essa película se desfaz e adquire o aspecto de framboesa, porque as papilas incham e ficam arroxeadas;
  • Mal-estar;
  • Inapetência;
  • Dor o corpo, de barriga e de cabeça e
  • Náuseas e vômitos

por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social

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