Considerada uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns do mundo, o Papilomavírus Humano (HPV) continua se esbarrando no preconceito e na falta de informação. Isso porque a vacinação contra o vírus, fundamental para proteger os jovens do câncer do colo do útero, de vagina, vulva, ânus, pênis e garganta, além de evitar verrugas genitais, segue com baixos índices de vacinados em Valadares.
Dados do setor de Imunização da Prefeitura mostram que de janeiro a outubro deste ano apenas 109 doses foram aplicadas em adolescentes de 15 a 19 anos. Em 2024, estes números foram ainda menores: 88 doses aplicadas no público da mesma faixa etária.
A baixa procura se deve ao fato dos pais e responsáveis acreditarem que a imunização poderia incentivar ou despertar a iniciação sexual precoce dos filhos, além da desinformação sobre a doença e também em relação a segurança e a proteção que se dá através da vacinação.
O que estes pais e responsáveis não sabem é que o HPV é responsável por 99,7% dos casos de câncer do colo do útero, sendo este o terceiro tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Em 2024, 6.853 mulheres morreram em função da doença, de acordo com o Ministério da Saúde.
E enquanto no Brasil, a estimativa é de 17 mil novos casos este ano, a Austrália está prestes a se tornar o primeiro país do mundo a erradicar o câncer de colo do útero, graças a vacinação em massa e ao rastreamento eficiente, uma vez que a imunização é a forma mais eficaz de garantir a proteção contra o vírus e os cânceres causados por ele. Estudos recentes revelam que esse gesto simples e rápido pode reduzir em até 87% a incidência do câncer de colo de útero.
E aí, você vai continuar com essa mentalidade ou vai prevenir seus filhos? Se liga, procure a unidade de saúde mais próxima de sua casa ou o Vacimóvel e vacine quem você ama! Não esqueça do cartão de vacinação e cartão SUS.
A vacinação contra o HPV é recomendada para:
- Crianças e adolescentes com idade entre 9 e 19 anos, em dose única;
- Pessoas imunocomprometidas de 9 a 45 anos (com HIV/aids, pacientes oncológicos e transplantados), com três doses independentemente da idade e;
- Pessoas de 15 a 45 anos imunocompetentes vítimas de violência sexual – com esquema de duas doses para os de 9 a 14 anos e 3 doses para os de 15 a 45 anos.
Jornalista: Michelle Janaina
por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social





