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quinta-feira, 18 janeiro, 2024

Ibituruna ganha novas rampas de asa-delta

Recentemente, o prefeito André Merlo sancionou a lei 7.614, que batiza as novas rampas de decolagem com os nomes dos pilotos de asa-delta Pepê Lopes e Du Magalhães
A Prefeitura já começou a construir as novas rampas de decolagem de asa-delta. Foto: Divulgação PMGV/Créditos: Leonardo Morais

A Prefeitura já começou a construir as novas rampas de decolagem de asa-delta.  A nova estrutura, que já pode ser vista por quem for ao pico da Ibituruna, está sendo feita com madeiras de paraju e roxinho.

No início deste ano, o prefeito André Merlo sancionou a lei 7.614, que batiza as novas rampas com os nomes de duas lendas da asa-delta, sendo a rampa norte nomeada Du Magalhães e, a sul, Pepê Lopes.

As rampas antigas foram feitas na década de 1990 e foram construídas com o reaproveitamento das madeiras das arquibancadas das escolas de samba, que ficavam na avenida Minas Gerais durante o carnaval valadarense.

“A substituição das rampas atende a uma demanda de muitos anos dos pilotos de asa-delta, além de possibilitar a atração de campeonatos dessa modalidade de voo livre, trazendo mais visibilidade e divisas para nosso destino turístico", declarou a diretora de Turismo da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo (SMCELT), Betinna Tassis.

Para o piloto de asa-delta Leonardo Bettu, a construção das rampas veio em boa hora. “As rampas são essenciais para nós que voamos de asa-delta. As rampas atuais estavam em situação crítica e inclusive isso colaborou para não sediarmos etapas de campeonatos por riscos de acidentes nas decolagens”, lamentou.

A história do voo livre

O primeiro voo a partir do pico da Ibituruna foi realizado pelo piloto de asa-delta de Belo Horizonte, Emerson André Monteiro, em 1977.

A cidade só ficou conhecida entre os pilotos em 1983, quando sediou uma etapa do Campeonato Brasileiro de Asa-Delta. Em 1989, foi a vez da primeira competição internacional: o Mundial de Equipes de Asa-Delta. No ano seguinte, foi realizado o pré-mundial da mesma modalidade.

O piloto carioca Carlos Sour vivenciou aquela época. “Antes da revolução das asas, os campeonatos eram disputados de forma mais precária por conta dos equipamentos. Quando houve a evolução dos equipamentos, Governador Valadares foi descoberta. Então, Valadares passou a ser o Havaí do voo livre no Brasil e no mundo. Governador Valadares foi palco de todas as disputas da época moderna da asa-delta e todos os recordes de cross country e de distâncias livres eram disputadas na cidade”, contou.

De acordo com o campeão mundial de 1999, Luiz Niemeyer, o treinamento em Governador Valadares foi fundamental para a equipe brasileira conquistar o título no mundial.

“Valadares foi o berço das grandes competições de cross country e foi onde todos nós aprimoramos nossas técnicas. E, por ser um local tão bom, passamos a ter um intercâmbio maior com os melhores pilotos internacionais. Na década de 90, toda etapa de campeonato brasileiro tinha, no mínimo, de cinco a dez gringos, dos melhores pilotos mundiais. O resultado foi o nosso título em 1999”, explicou.

A equipe brasileira campeã do mundial de equipes em 1999, disputado na Itália, era composta por Luiz Niemeyer, Carlos Niemeyer, Pedro Matos, André Wolf, Guga Saldanha e Beto Schmitz.

por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social da Prefeitura de Governador Valadares

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