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Impactos de usina fotovoltaica é tema de visita e audiência

Comissão vai tratar de usina que Cemig pretende instalar no espelho d'água do Lago Três Marias, contra a vontade de moradores
De acordo com informações do gabinete da deputada Beatriz Cerqueira, a Cemig ainda não respondeu a questões que tem sido colocadas. Foto: Guilherme Dardanhan/ALMG
quinta-feira, 18 abril, 2024

Os impactos socioambientais da usina fotovoltaica no Lago de Três Marias será tema dos trabalhos da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quinta-feira (19/4/24).

Às 15h, os parlamentares vão visitar o Lago da Usina Hidrelétrica de Três Marias, onde se planeja implantar as células fotovoltaicas, e às 17h terá início uma audiência pública, a ser realizada na Câmara Municipal (Avenida Felinto Müller, 205)

Anunciada em 2022, a usina fotovoltaica é um empreendimento da Cemig e funciona em frente a Hidrelétrica da companhia. 

As células fotovoltaicas estã em cima do espelho d’água do lago, o que tem sido fonte de insatisfação da comunidade local.

Os moradores indicaram impactos negativos principalmente para a pesca artesanal e para o turismo, demandando que as células fossem instaladas em terra. 

O tema chegou a ser discutido na ALMG antes da inauguração da usina, mas os investimentos seguiram seu curso.

Na ocasião, representantes da Cemig descartaram a implantação em terra, pois há, segundo eles, limites legais que não existem para modalidade flutuante.

Além disso, o local escolhido, próximo à Hidrelétrica, seria favorável para a conexão.

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A reunião desta quinta-feira foi solicitada pela deputada Beatriz Cerqueira (PT) e pelos deputados Professor Cleiton (PV) e Tito Torres (PSD).

De acordo com informações do gabinete da deputada Beatriz Cerqueira, a Cemig ainda não respondeu a questões que tem sido colocadas pelo menos desde a audiência pública realizada em outubro do último ano, em especial não se sabe se o empreendimento demanda ou dispensa licença ambiental, nem se foram feitos estudos de impactos (ambiental, social e econômico). 

Ainda de acordo com o gabinete da parlamentar, não se sabe características específicas do projeto ou o cronograma de implantação.

Há questionamentos também sobre os critérios utilizados para a definição do local de implantação e não foram apresentados quais seriam os ganhos sociais para ribeirinhos e moradores dos municípios do entorno do lago. "A população não quer a obra. A Cemig vai impô-la?”, questiona Beatriz Cerqueira.

Com informações do site oficial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais 

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