Parece reprise de filme ou de novela, mas é apenas o cenário de infestação por Aedes aegypti em Governador Valadares. Por mais que o poder público – no âmbito municipal e estadual – trabalhe para superar a incidência deste mosquito, é de suma importância que a população também faça sua parte, dentro de casa!
Cabe aos moradores inspecionarem semanalmente suas casas a fim de eliminar os criadouros do Aedes aegypti, a água parada e o ciclo evolutivo do mosquito, agindo, assim, pelo bem individual e coletivo. Prova disso é que, o resultado do 3º Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), divulgado hoje (19), pela Prefeitura de Valadares, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), apontou que 4,2% dos imóveis pesquisados contam com a presença do mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya. Isso quer dizer que, num universo de cem imóveis, mais de quatro apresentam focos do vetor.
Na pesquisa anterior, realizada em março, o índice foi de 3,5%. Ou seja, mesmo com o investimento da Prefeitura em equipamentos de ponta, em contratação e treinamentos de novos Agentes de Combate às Endemias (ACE), o cenário foi de regresso.
Vivendo com o “inimigo”
Os dados coletados por aproximadamente 60 agentes, de 8 a 12 de setembro, em cerca de 6.000 imóveis, apontam que mais de 90% dos focos continuam dentro das casas: Ralos, calhas e lajes ganharam disparado no quesito focos, com 50,7%; contra 34,6% no LIRAa anterior.
Em seguida, vieram os vasos e pratos de plantas com 23,9%, um número um pouco maior do que na pesquisa de março, quando esses mesmos locais apontaram 22,8% de focos.
Reservatório de água secundário, que no relatório anterior apareceu com 12,7%, também registrou aumento no percentual, chegando a 18,8%; já o lixo, que no último levantamento estava com 15,8% de focos, desta vez reduziu bastante para 3,3%.
Depósitos naturais, que no LIRAa anterior registraram 0,4% dos focos, desta vez alcançaram 2,5%; seguidos por pneus (que chegaram a 12,3% na pesquisa anterior) e caixas d’água (que em março estava com 1,3%), e atualmente estão com 0,4% cada.
Redução em apenas 5 estratos
Dos 14 estratos pesquisados, apenas cinco tiveram queda se comparado ao levantamento anterior. A redução mais significativa foi no estrato 10, que compreende o bairro Santa Rita, que despencou de 5,4% no LIRAa de março para 2,8% no atual.
Logo depois, veio o estrato 3, que abrange os bairros Santa Helena, Morro do Carapina, Nossa Senhora das Graças, Querosene, Monte Carmelo e Santa Efigênia, que caiu de 4,7% (pesquisa anterior) para 3,3% na pesquisa de hoje.
Em seguida, vieram o estrato 13 (que engloba os bairros Jardim Alice, Vila Rica, Penha, Novo Horizonte, Vale Pastoril, Caravelas, Castanheiras, Vila União, Tiradentes, Figueira do Rio Doce e Vitória) e o estrato 14, onde estão Vila Isa I, Vila Ricardão, Jardim Primavera, Vila Parque Ibituruna, Elvamar e Vilage da Serra, que estavam o primeiro em 4,8% e o segundo em 3,3% e, foram para 3,7% e 2% respectivamente, no Levantamento deste mês.
O estrato 6, que abrange Centro, Esplanada, Esplanadinha e São Pedro, teve uma queda quase imperceptível, indo de 4,9% na edição de março; para 4,8% no LIRAa divulgado nesta sexta-feira (19).
Aumento na maioria dos estratos
O estrato 12, que abrange os bairros Atalaia, Ipê, Vale do Sol, Cidade Jardim e Asteca, que foi de 2,3% no relatório anterior para 8,2% no levantamento atual.
Na sequência, vem o estrato 4 (Vila Bretas, Vila Mariana, Morada do Acampamento, Lourdes e São Geraldo), que também foi de 1,4% (na pesquisa de março deste ano) para 4,8% (no LIRAa divulgado hoje).
O estrato 8 (Jardim do Trevo, Santa Paula, Turmalina, Posto Planalto, Sertão do Rio Doce, Retiro dos Lagos, Os Borges e Palmeiras), que subiu de 2,5% (no relatório anterior) para 5,1% (na pesquisa recente).
Logo atrás, vem o estrato 1, que abrange o Nova Vila Bretas, Mãe de Deus, Santo Antônio, Altinópolis e Planalto, que saiu de 1,5% (no Levantamento de março deste ano) para 3,8% (no LIRAa deste mês).
O estrato 2, que compreende Grã-Duquesa, Maria Eugênia, Santo Agostinho, Morada do Vale I, Lagoa Santa, Morada do Vale, Cidade Nova, Vale Verde e Esperança, também aumentou de 2,9% (no relatório de março) para 3,6%, no desta sexta-feira.
O estrato 9, que conta com os bairros Vila Império, São Cristóvão, Jardim Pérola, Kennedy, Bela Vista, Fraternidade, Vila Ozanan, São José, Nossa Senhora de Fátima e Parque Olímpico foi de 4,6% na pesquisa anterior para 5,1% na divulgada hoje (19).
O estrato 7 (formado pelos bairros Capim, Conjunto Sir, Universitário, Sítio das Flores, Santos Dumont I e II, Sion, Belvedere, Cardo e Floresta), também teve um leve aumento; indo de 3,1% para 3,6% (no 3º LIRAa deste ano).
O estrato 11, que envolve os bairros Vila Isa, São Raimundo, Vera Cruz, Jardim Alvorada, Vila do Sol e Vila dos Montes, foi de 3,4% para 3,7% no levantamento recente.
E para finalizar, o estrato 5 (Ilha dos Araújos, JK, São Paulo, Santa Terezinha e São Tarcísio), também teve um ligeiro aumento, indo de 3,7% no LIRAa anterior para 3,8% na mais atualizada.
Diante disso, a Prefeitura de Valadares, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), pretende adotar mais ações específicas em cada estrato a fim de controlar a doença e exterminar o Aedes aegypti. E convoca toda a população fazer sua parte, tirando dez minutos por semana para verificar quintal, reservatórios e outros locais que possam acumular água para que, juntos, possamos dar um basta no mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Jornalista: Michelle Janaina
por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social





