A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que concluiu o inquérito policial e indiciou quatro suspeitos pelo crime de feminicídio ocorrido em 10 de setembro de 2025, em Governador Valadares.
Dois dos investigados encontram-se foragidos — entre eles, o ex-companheiro da vítima, apontado como mandante do crime, e o intermediário responsável pela contratação dos executores. A Polícia Civil solicita o apoio da população para localizá-los.
Informações sobre o paradeiro dos foragidos podem ser repassadas, de forma anônima e sigilosa, pelos telefones 190, 197 ou 181 (Disque Denúncia).
Há indícios de que os suspeitos possam estar escondidos nos estados do Tocantins, Pará ou Maranhão. A Polícia Civil de Minas Gerais terminou as investigações sobre a morte da empresária Ingrid Emanuelle Santos, de 34 anos, que aconteceu em setembro deste ano em Governador Valadares.
Relembre o caso
O ex-marido de Ingrid foi apontado como o mandante e principal responsável pelo crime, que teria sido planejado e executado após o pagamento de R$ 80 mil. Além dele, também foram indiciados dois homens que fizeram a execução do crime e um intermediário. Os dois executores foram presos em Goiás, enquanto o mandante e o intermediário — que moram no Tocantins — ainda estão foragidos.
As investigações mostram que o planejamento do crime começou em julho, quando o intermediário e um dos executores estiveram em Valadares para observar a rotina da empresária. No dia 10 de setembro, os suspeitos foram até a casa de Ingrid disfarçados de entregadores, achando que era uma entrega de açaí. Ela abriu o portão pensando nisso, foi amarrada e acabou morta com dois cortes profundos no pescoço.
Imagens de câmeras de segurança mostraram os suspeitos deixando o local logo após o crime. Próximo ao corpo, foi encontrada uma jarra de água, o que sugere que Ingrid pode ter oferecido bebida aos criminosos antes de ser atacada.
A motivação do crime, de acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, foi duplo: conflitos pessoais relacionados ao fim do relacionamento, disputa pela guarda da filha e divisão de bens, além do envolvimento do ex-marido com uma organização criminosa internacional investigada pela Polícia Federal. Essa organização é especializada na remessa ilegal de imigrantes para a Europa.

Cartazes divulgados pela Polícia Civil de Minas Gerais, para ter ajuda popular na prisão dos acusados. Foto: Divulgação PMMG