A Câmara Municipal de Governador Valadares promoveu, na última quinta-feira (26), uma Audiência Pública para debater o tema da Campanha da Fraternidade 2025: “Fraternidade e Ecologia Integral”.
A iniciativa, proposta pela vereadora Gilsa Santos (PT), reuniu representantes da sociedade civil, do poder público, da Igreja Católica e de instituições de ensino para discutir caminhos sustentáveis diante dos desafios ambientais enfrentados pelo município e pelo país.
“A audiência pública é um instrumento democrático essencial para fortalecer o vínculo entre o poder público e a população. Estamos aqui para refletir e agir em prol da ecologia integral, que é também uma pauta de justiça social”, afirmou Gilsa Santos em sua fala de abertura.
A mesa de debates contou com a participação do secretário municipal de Meio Ambiente, Guilherme Mattos, que apresentou as ações da pasta realizadas durante o mês do Meio Ambiente, com mais de 22 eventos e 30 mil participantes. Ele destacou que a preservação ambiental deve ser um esforço conjunto:
“Não é papel apenas do poder público. A iniciativa privada e a população precisam assumir responsabilidades no uso consciente dos recursos naturais.”
A professora Daniela, do IFMG, abordou as mudanças climáticas e o papel das mulheres frente à crise ambiental. Para ela, é preciso ampliar a cobrança por ações concretas:
“A pauta ambiental precisa sair do discurso e entrar nas práticas. Precisamos de educação, de políticas públicas firmes e de mobilização social.”
O professor Tiago, representante da Univale, reforçou a importância da participação da Igreja Católica no debate ecológico, com base nos pronunciamentos do Papa Francisco. Ele também defendeu a responsabilização dos grandes consumidores:
“Não podemos reduzir o debate ambiental à coleta de lixo doméstico. Setores como o agronegócio e a indústria respondem por 90% do consumo de água no Brasil. Precisamos de justiça ambiental.”
Durante a participação popular, diversos representantes trouxeram denúncias e sugestões. Ao final, a vereadora Gilsa reafirmou o compromisso da Câmara com a pauta ambiental:
“Ecologia integral não é um conceito abstrato. É um dever que exige responsabilidade, consciência e ação. A Câmara estará sempre aberta a esse debate.”
