Minas Gerais é o estado brasileiro com o maior número de instituições públicas de ensino superior, 19 no total, que têm um grande potencial, embora ainda pouco explorado.
A avaliação é do reitor da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e presidente do Fórum das Instituições Públicas de Ensino Superior do Estado de Minas Gerais (Foripes/MG), Demetrius David da Silva, que participa nesta segunda-feira (12/8/24) de audiência pública da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
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A atividade marca a retomada do Fórum Técnico Minas Gerais pela Ciência – Por Um Desenvolvimento Inclusivo e Sustentável, que tem como meta elaborar o Plano Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação com foco no desenvolvimento do Estado.
“Nós praticamos ensino, pesquisa, extensão e inovação. Mas, como gestores públicos que somos, não temos orçamento para investir e dependemos de aportes de recursos externos, o que faz com que a gente avance menos do que poderia”, pontuou Demetrius Silva.
Ao abordar a descontinuidade de políticas públicas nas áreas de ciência e inovação, ele reforçou a importância da construção de políticas de estado, não de governo. “São políticas de longo prazo, que não acontecem da noite para o dia”, explicou.
Na abertura da reunião, a deputada Beatriz Cerqueira (PT), autora do pedido para a realização do fórum técnico, lembrou que os trabalhos do fórum tiveram início em 2019, em um dos momentos mais difíceis que a ciência enfrentava, referindo-se à pandemia de covid-19.
Com a retomada dos trabalhos em 2024, o fórum vai passar por sete cidades-polo do Estado entre os meses de agosto a novembro: Diamantina (Região Central), Montes Claros (Norte), Viçosa (Mata), Lavras (Sul), e Ipatinga (Região Metropolitana do Vale do Aço), com encerramento da etapa regional marcado para 16 de setembro, em Uberlândia (Triângulo). A etapa final será em Belo Horizonte, entre 25 e 27 de novembro.
As principais preocupações dessa mobilização estão voltadas para a redução de desigualdades sociais, de gênero e de raça e para a garantia de recuperação, conservação e proteção ambiental e da sustentabilidade.
Andréa Mara Macedo, professora da Universidade Federal de Minas Gerais e membro do Conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, lembrou que os debates do fórum se pautarão em quatro eixos: estrutura da política de ciência, tecnologia e inovação no Estado; desenvolvimento social e qualidade de vida; natureza e sociedade; e cidades inteligentes, sustentáveis e criativas.
Com informações do site oficial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais





