por Tohru Valadares
Caríssimo ledor(a), A oração sempre foi, para o cristão, a ponte invisível que liga a alma ao coração de Deus. O próprio Jesus, em diversos momentos, ensinou seus discípulos a orar e até deixou um modelo simples o Pai-Nosso que continua a ecoar como guia até hoje.
No entanto, muitos ainda acreditam que orar é apenas repetir palavras decoradas ou longas frases que impressionam. A verdade é que Deus nos ouve a todo momento, mas nós precisamos aprender a realizar uma oração simples, objetiva e de ligação sincera com Ele.
Orar é, antes de tudo, um ato de sinceridade. Quando alguém não sabe expressar o que realmente deseja, significa que ainda não está em sintonia com o próprio coração. Isso não quer dizer que Deus não vá ouvir porque Ele sempre ouve mas pode significar que a pessoa não está preparada para receber certas bênçãos.
Jesus advertiu em Mateus 6:7: “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos.” Ele nos convida a uma oração sem máscaras, sem disfarces, com clareza e fé.
Nem sempre receberemos exatamente o que pedimos. Isso não é sinal de desatenção divina, mas de cuidado. O Senhor prepara cada resposta de forma que seja bênção e não destruição. Ele nos molda e fortalece para que possamos sustentar a graça recebida.
Tiago 4:3 nos lembra: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.” Assim, é essencial orar sabendo o que buscamos: se é algo que nos aproxima de Deus ou se é apenas um capricho passageiro.
Uma oração não precisa ser longa para ser poderosa. O importante é que seja feita com fé, entrega e verdade. O apóstolo Paulo orienta em Filipenses 4:6: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplica, com ação de graças.”
Quando sabemos orar, sabemos também pedir com confiança, agradecer antes mesmo de receber, e esperar com paciência o tempo de Deus.
A oração é o fio que mantém o cristão conectado ao Criador. Não é uma fórmula mágica, mas um diálogo que revela confiança e dependência. Quanto mais aprendemos a orar com clareza e verdade, mais nos colocamos no centro da vontade de Deus e é nesse lugar que as bênçãos deixam de ser peso ou maldição, e passam a ser sinais de vida, esperança e paz.
Sobre o autor
TOHRU VALADARES bacharel em Teologia, Filosofia, Licenciado em Ciências da Religião, Psicólogo, Pós-graduado em conselhamento Cristão e Capelania, mediação de conflitos, filosofia Religiosa e ecopedagogia.