Olhares atentos dividiam espaço com a emoção. Alguns nem sequer se atreviam a piscar. Outrora as gargalhadas e a desconcentração roubavam a cena e agitavam as arquibancadas. De certo não faltou diversão.
Assim foi a tarde dos alunos das escolas municipais Marilourdes Nunes Coelho e Ilha Brava, crianças do Projeto Libélula (1ª Rede de apoio a Mães de Autistas), mulheres do Projeto Tarde Rosa (grupo que busca fortalecer mulheres que passaram ou passam pela luta contra o câncer de mama), além de crianças que moram nos abrigos da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS).
Todos eles tiveram a oportunidade de participar de uma apresentação do Circo Portugal, que está na cidade. Para muitos, esse foi o primeiro contato com a arte circense, o que gerou uma comoção geral.
Artistas como palhaços, mágicos, malabaristas e acrobatas roubaram a cena e arrancaram risos e gritos, susto e apreensão e todo o encantamento que só a magia do circo é capaz de despertar. A colaboradora do Projeto Libélula Auriana Aguiar ressaltou, com muita alegria, a oportunidade de levar 35 crianças autistas ao circo.
“Muitas das nossas crianças têm sensibilidade auditiva, então, adaptamos tudo para oportunizá-las esse momento no circo. A gente trabalha a previsibilidade com elas, até porque ficam muito ansiosas, mas elas ficaram muito felizes. E é uma alegria não só para elas, mas também para nós mães vê-las aqui”.
Anthony Luis da Silva Siqueira, criança do Projeto Libélula, compartilha da mesma alegria relatada por Auriana e ressalta: “É importante que as pessoas tenham um pouco de entretenimento. Hoje eu não tinha nada para fazer e aí a minha mãe me convidou para ir ao circo e foi muito bom”.
A vice-diretora da Escola Municipal Marilourdes Nunes Coelho, Paula Andreza de Almeida, revelou que a experiência circense contemplou diversas crianças carentes que, até o momento, não tinham vivenciado um momento como esse.
“As crianças ficaram muito felizes. São crianças da periferia e sem muitos recursos para vir, principalmente às vésperas da Semana das Crianças. A gente viu o brilho e a alegria delas ao chegar. Estavam eufóricas”.
E quem não segurou a emoção foi a professora da Escola Municipal Ilha Brava.
“Muitas dessas crianças nunca tiveram o privilégio de ir ao circo e elas nunca vão esquecer esse momento aqui. O olhar atento deles é de emocionar. Vieram todos os alunos da escola. É uma alegria muito grande para nós professores de uma escola do campo. Isso aqui não tem preço. Só temos a agradecer a Prefeitura”, ressaltou.
E mesmo diante do enfretamento de um grande desafio na vida, a participante do Grupo Tarde Rosa, Maria Helena Taborda, garantiu que o espetáculo conseguiu ser um alento à alma nesta tarde.
“Isso aqui foi um presente para todos nós. É um alento poder viver esse momento de descontração em meio a essa fase difícil que estávamos vivendo. Foi só alegria”.
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Jornalista: Andressa Tameirão
por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social
