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Projeto de federalização da MGI pronto para ser votado em 1º turno

Em reunião nesta segunda (29), parlamentares da Comissão de Fiscalização Financeira aprovaram parecer favorável ao Projeto de Lei 4.222/25, que integra o pacote do Propag.
Em seu parecer, o presidente da FFO e relator do projeto, Zé Guilherme (2º da esq. p/ dir.), destacou a economia de bilhões de reais ao longo do período de refinanciamento da dívida mineira. Foto: Daniel Protzner ALMG
terça-feira, 30 setembro, 2025

Já está pronto para ser votado no Plenário de forma preliminar (1º turno) o Projeto de Lei PL 4.222/25, de autoria do governador, que federaliza a Minas Gerais Participações (MGI). Em reunião na tarde desta segunda-feira (29/9/25), os parlamentares da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) aprovaram parecer favorável à proposição em sua forma original.

O PL 4.222/25 autoriza a transferência da participação societária do Estado na MGI para a União. A proposição integra o pacote de medidas do Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag), por meio do qual o governo pretende abater 20% da dívida de Minas, valendo-se de privatizações e da entrega de ativos à União.

A MGI é uma sociedade anônima que tem como acionistas, além do próprio Estado, a Cemig e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). O Estado tem 99,98% do capital da empresa. Por sua vez, a MGI é acionista de várias empresas, como Cemig, Copasa, Codemge e Gerdau.

Além de deter participações acionárias, a MGI também atua como um braço operacional do próprio Estado. A companhia capta recursos no mercado de capitais por meio da emissão de debêntures, atua na gestão de ativos imobiliários e de convênios com municípios e na recuperação de créditos em liquidação dos antigos bancos estatais (Bemge, Credireal e MinasCaixa).

Em seu parecer, o relator da matéria, deputado Zé Guilherme (PP), que também preside a FFO, destaca que a utilização dos recursos a serem obtidos para essa amortização antecipada, nos termos propostos, seria o caminho mais saudável para a equalização dos débitos do Estado com a União.

“Indo além, o conteúdo do projeto de lei não acarreta despesa para o erário; pelo contrário, proporcionará que Minas Gerais se beneficie com uma economia equivalente a bilhões de reais ao longo do período de refinanciamento”, afirma Zé Guilherme, em seu parecer.

Dessa forma, ele acompanhou a avaliação feita anteriormente nas comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e Administração Pública, que já analisaram o PL 4.222/25.

A deputada Beatriz Cerqueira (PT) apresentou uma proposta de emenda ao projeto para, em linhas gerais, garantir os direitos dos servidores da MGI, sendo o principal deles a realocação em outros órgãos públicos. Contudo, por quatro votos a um, a sugestão de mudança foi rejeitada.

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Com informações do site oficial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais

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