A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai realizar, nesta segunda-feira (17/6/24), uma audiência pública para tratar das violações de direitos humanos de centenas de famílias que serão removidas em função das obras de expansão do metrô em Belo Horizonte.
A reunião, às 16 horas, no Auditório José Alencar, foi solicitada pela deputada Bella Gonçalves (Psol), vice-presidenta da comissão.
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Conforme noticiado pela imprensa, as obras de ampliação do metrô exigem a desocupação de aproximadamente 250 casas.
A maior parte dos imóveis fica nos Bairros Gameleira, Nova Gameleira, Nova Cintra, Betânia e Vista Alegre e no Barreiro, todos na Região Oeste da Capital.
Famílias que vivem nesses locais estão apreensivas com o processo. Já segundo a empresa Metrô BH, as edificações a serem desocupadas foram construídas irregularmente na faixa de domínio, ao lado do traçado da via de trem de carga e ao longo do trajeto planejado para a implantação da linha 2 do metrô.
A deputada Bella Gonçalves tem acompanhado todo o processo de privatização do metrô de Belo Horizonte e criticou a medida. Em entrevista à imprensa, ela considerou a venda do metrô como criminosa.
“Ele foi vendido por R$ 25 milhões. Depois que foi privatizado, o governo estadual e federal ainda investem cerca de R$ 2 bilhões na expansão. Então, não é empresa privada que está fazendo isso, é o poder público”, disse, na ocasião.
Ela defendeu, ainda na entrevista, melhorias na mobilidade urbana com valorização do metrô, ampliação do número de linhas de ônibus e garantia da tarifa zero.
Metrô poderá ter nova linha
O metrô de Belo Horizonte tem, atualmente, apenas uma linha. O sistema conta com 19 estações, cerca de 28 quilômetros de extensão e foi expandido pela última vez em 2002.
O edital de concessão prevê a ampliação da linha atual em aproximadamente 2,45 km e a construção de uma nova estação, a Novo Eldorado.
O contrato também estabelece a construção da linha 2, com cerca de 10,5 km e sete estações: Nova Suíça, Amazonas, Salgado Filho, Vista Alegre, Ferrugem, Mannesmann Vallourec e Barreiro.
A concessionária também deverá fazer reformas nas estações já existentes.
Para a reunião, foram chamados representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública da União e do Estado, da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte, da Secretaria Municipal de Política Urbana, do Metrô BH, além de moradores afetados pela medida.
Com informações do site oficial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais
