Gritos, ameaças de transferências e remoções injustificadas são alguns dos episódios sendo relatados em audiência pública na tarde desta segunda-feira (15/9/25). A relação entre assédio moral, doença e risco de suicídio é o debate na reunião promovida pela Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Policial penal há nove anos em Juiz de Fora, Leandro Leal dos Santos já frequentou mais de 40 cursos e sempre obteve as maiores notas nas avaliações. Porém, após perder, em um ano, a mãe e o pai, teve um surto e precisou de atendimento psicológico.
Acabou sendo removido para uma cidade localizada a cerca de 300 km de onde residem a esposa e o filho, sem cobertura do plano de saúde. Ele e outros 19 colegas foram acusados de conluio por terem apresentado atestado de forma coordenada. Por esse motivo, estariam sido punidos com a remoção.
Acusações, ameaças de transferência, manipulação de informações e quebra de sigilo estão entre as situações relatadas pela fiscal do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Mônica Aparecida do Nascimento. Ela registrou denúncia de assédio na Ouvidoria-Geral do Estado (OGE) e aguarda resultado do processo.
Deputado quer averiguar responsabilidade do Estado
“Setembro Amarelo é um mês de reflexão. Estamos enfrentando um problema que precisa ser resolvido. Precisamos conversar sobre os fatores que são provocadores dessa situação”, avaliou o deputado Professor Cleiton (PV), autor do requerimento para a realização da audiência. Ele acrescentou que é necessário averiguar a responsabilidade do Estado nesses casos.
Entre outros problemas, o parlamentar criticou a finalização do atendimento psiquiátrico no Hospital Galba Velloso (HGV). “Não temos espaço para atender esse tipo de vítima de uma sociedade que cada vez mais nos adoece”, apontou.
Com informações do site oficial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais





