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terça-feira, 2 setembro, 2025

Taxistas de BH reivindicam autorização para atuar em aeroporto de Confins

Demanda de motoristas exige mudanças legislativas ou convênios entre os municípios.
Auditório ficou lotado na audiência da Comissão de Transporte sobre que debateu a circulação de táxis. Foto: Luiz Santana ALMG

A necessidade de mudar a regulamentação do trabalho de taxistas no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, localizado em Confins (Região Metropolitana de Belo Horizonte), foi a tônica de reunião realizada pela Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na manhã desta terça-feira (2/9/25).

A principal reclamação dos presentes é a limitação do trabalho dos motoristas da Capital, que não podem buscar passageiros no terminal.

Autoridades estaduais e municipais apoiaram a demanda dos presentes, mas ressaltaram que são necessárias mudanças legislativas ou acordos entre os municípios para superar os problemas.

Os representantes dos taxistas de Belo Horizonte reivindicaram a autorização para atuar no aeroporto com clientes fidelizados. Como explicou Christian Tomagnini Lima, da Wega Taxi, não há interesse de atuar na fila organizada pela administração do aeroporto, destinada a profissionais do município de Confins. O que se deseja é a reserva de um local para que os motoristas da capital busquem ou levem clientes ao terminal.

Um dos argumentos apresentados por Christian Tomagnini é que motoristas contratados por plataformas como Uber e 99 podem atuar no aeroporto de Confins, mas os taxistas não. Como explicou Robson Lins, da B2B Taxi Premium, atualmente, se eles forem flagrados pela fiscalização podem ter o carro apreendido e os passageiros precisam descer na rodovia. “Estamos lutando pelo direito de trabalhar”, resumiu Sobhi El Kahawli, da Comissão Aliança Táxi Belo Horizonte.

Os convidados apontaram que a legislação que impede que os taxistas de Belo Horizonte trabalhem no aeroporto de Confins completou duas décadas. Mas, como explicou Leandro de Faria, da Start Mobilidade Executiva, o mercado do táxi passou por muitas mudanças, que passaram em especial por novidades tecnológicas e alterações na concorrência com a entrada dos carros por aplicativos. Por isso, a lei estaria descompassada com a realidade atual.

Mesa de negociação pode ser o caminho

As autoridades presentes se declararam favoráveis às demandas dos taxistas da Capital, mas lembraram que os órgãos por eles representados precisam cumprir a lei, que hoje impede o trabalho dos motoristas de Belo Horizonte no aeroporto de Confins. O Major PM Ricardo Gontijo Foureux salientou que o que a polícia faz “é cumprir e fazer cumprir a lei”. Para ele, é então necessário alterar as normas vigentes nas casas legislativas.

O gerente de fiscalização de transporte e trânsito do DER, Eriênio Jaderson de Souza, lembrou que o serviço de táxi é considerado municipal, mas que as normas possibilitam a assinatura de convênios entre as prefeituras. Nesse sentido, Gabriela Pereira Lopes, da Superintendência de Mobilidade de Belo Horizonte (SUMOB/BH), disse que é de interesse da gestão de Belo Horizonte a realização do convênio.

O deputado Professor Wendel Mesquita (Solidariedade) disse que buscar solução para o problema é urgente. Ele afirmou que vai atuar para a construção de uma mesa de negociação entre a capital e os municípios de Confins e Lagoa Santa para o estabelecimento de um convênio. Enquanto isso, ele afirmou que também vai apresentar um projeto de lei para superar os problemas legais.

O deputado Leleco Pimentel (PT) também apoiou a demanda e disse que é necessário a criação de um Plano Metropolitano de Mobilidade para a região.

Com informações do site oficial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais

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