A Prefeitura de Timóteo, por meio da Unidade de Vigilância e Zoonoses (UVZ), divulgou nesta semana os resultados do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado nos dias 22 e 23 de outubro. O município registrou um Índice de Infestação Predial (IIP) de 3,6% e um Índice de Breteau (IIB) de 3,7%, colocando Timóteo na faixa de atenção para a dengue, Zika e chikungunya.
O índice atual está quase quatro vezes acima do considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde (0,9%) e muito próximo da zona de alerta (a partir de 3,9%).
O recente período chuvoso agravou a situação, favorecendo a formação de criadouros.
“Estamos entrando em uma fase crítica do ano, em que a combinação de calor e chuva acelera o ciclo de reprodução do mosquito. Precisamos que cada morador reserve ao menos 10 minutos da semana para verificar seu quintal, calhas, vasos, ralos e qualquer objeto que possa acumular água”, alerta a coordenação do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
Regiões com maiores índices de infestação
A análise regional revelou desigualdade de risco no município:
Regional - Índice (%) - Situação
Oeste - 9,2 - Alerta máximo
Sul - 4,1 - Alerta
Leste - 3,6 - Atenção
Norte - 2,7- Atenção
Sudeste - 2,4 - Atenção
Nordeste - 2,4 - Atenção
Sudoeste - 1,6 - Atenção
Bairros com maior índice de positividade:
- Esplanada (66,7%)
- Arataquinha (25,0%)
- Ferroviários (20,0%)
- Timotinho (11,8%)
- Alphaville (12,5%)
- Santa Cecília (11,1%)
- Cachoeira do Vale (10,4%)
- Petrópolis (10,3%)
- Vila dos Técnicos (10,0%)
- São José (8,3%)
- Parque Recanto (7,7%)
Bairros com menores índices (mas ainda sob atenção):
- Ana Moura (2,0%)
- Timirim (2,7%)
- Santa Terezinha (2,6%)
- Primavera (3,0%)
O levantamento identificou que 54% dos focos estavam em depósitos do tipo B, que são recipientes móveis e utilizáveis como baldes, bacias e caixas plásticas. Outros tipos incluem:
- Depósitos C (14%) – piscinas e ralos
- Depósitos A2 (12%) – tambores e tonéis
- Depósitos D1 (12%) – pneus
- Depósitos D2 (6%) – entulho e sucata
- Depósitos A1 (2%) – caixas d’água
- Depósitos E (0%) – buracos em árvores e bromélias
Além disso, foi detectada a presença do Aedes albopictus, espécie secundária transmissora de arboviroses, com índice de 0,4%.
Dez minutos que podem evitar uma epidemia
A Secretaria de Saúde e Qualidade de Vida reforça que a maioria dos focos está nos quintais das residências. A recomendação é dedicar 10 minutos semanais para:
- Esvaziar e escovar recipientes com água
- Tampar caixas d’água e tonéis
- Descartar pneus e objetos sem uso
- Limpar calhas e ralos
- Cuidar de bebedouros e plantas aquáticas
A Prefeitura seguirá com ações de fiscalização, tratamento focal e educação em saúde, mas reforça: o combate ao mosquito começa dentro de casa. A participação da população é essencial para evitar surtos e proteger vidas.
Fonte : PMT





