O departamento de Educação Física do campus Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-GV), promoveu na última sexta-feira, 4, o seminário “Gestão em Saúde e a Integração Ensino-Serviço-Comunidade”, em que reuniu estudantes, docentes e profissionais da área para debater os desafios e perspectivas da formação em saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS).
O evento, realizado na unidade Centro, integrou a disciplina “Seminários em Saúde – Integração Ensino-Serviço-Comunidade”, ministrada pelo professor Pedro Henrique Berbert de Carvalho, e contou com a participação de 60 pessoas, incluindo graduandos de diversos cursos da UFJF, professores, servidores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Governador Valadares, residentes da Residência Multiprofissional e profissionais da saúde.
O seminário contou com três palestrantes: Micael Alves dos Santos, enfermeiro e coordenador do Núcleo de Integração Ensino-Serviço-Comunidade (NIESC) da SMS; Brenda Libório Martins Hastenreiter Mendes, enfermeira e coordenadora da Atenção Primária à Saúde no município; e Rômulo Batista Gusmão, fisioterapeuta e Superintendente Regional de Saúde da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais. Cada um deles falou por 35 minutos, abordando temas como gestão em saúde, formação profissional e a importância da participação comunitária nas políticas públicas. Após as palestras, houve um momento de debate, onde os participantes puderam compartilhar experiências e tirar dúvidas.
A presença de gestores públicos no evento foi um ponto alto, demonstrando o compromisso das instituições com a qualificação dos futuros profissionais.
“Ter representantes da SMS e da Secretaria Estadual de Saúde mostra que há uma articulação real entre a UFJF-GV e o sistema de saúde local. Essa parceria é fundamental para avançarmos em uma formação mais alinhada às demandas do SUS”, ressalta o professor Pedro Berbert.
Pedro Berbert destaca ainda que a integração entre ensino, serviço e comunidade é essencial para transformar tanto a formação dos profissionais quanto a qualidade do SUS. “Essa integração busca promover a formação de profissionais mais preparados para as necessidades do sistema de saúde e da população”.
No entanto, o professor explica que os desafios para colocar essa integração em prática são muitos.
“Do ponto de vista da formação, precisamos de currículos que se atentem a essa necessidade e que fomentem a aproximação dos estudantes e da academia com o serviço e a comunidade. As Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de Saúde também precisam ser revisadas, de forma a ser um motor para essa mudança. Por fim, mas sem esgotar os desafios, destaco as dificuldades que o próprio serviço de saúde enfrenta para trabalhar essa integração em um contexto de saúde complexo”, afirma.
O debate, contudo, deixou claro que, apesar dos desafios, há um caminho sendo construído coletivamente para transformar a realidade da saúde no Brasil.
